terça-feira, 2 de outubro de 2012

ITAPEBI: IRMÃO DE PREFEITO AGRIDE ANCIÃO


Em Itapebi durante um comício do candidato a prefeito Peba (PP), o ancião Joel Cassiano(foto), dono da Pousada no distrito de Caibui, foi agredido fisicamente, e teve graves ferimentos.

Joel prestou queixa na Delegacia de Itapebi, e realizou exame de corpo de delito em Eunápolis, confirmando a covarde agressão, e aguardando o pronunciamento do Ministério Público Estadual.

Joel Cassiano informou que foi agredido por André Carvalho, que é irmão do prefeito Claudio Carvalho.

 
 
 
 
 
Roubava dos ricos para dar aos pobres
Sentada em um sofá laranja na sala de uma modesta casa localizada na rua João Dias de Araújo, centro de Fagundes, a dona de casa Nádia Andrade da Silva, 53, contempla a foto em preto e branca do bisavô Manoel Batista, ou Antônio Silvino. O sobrinho de dona Nádia e tataraneto do cangaceiro, Paulo Roberto, se aproxima e também fixa os olhos na foto amarelada devido à ação do tempo.
O gesto chama atenção da pequena Islã Gabriela de Sousa, 7 anos, filha de Paulo Roberto e quarta geração de Antônio Silvino.
Nádia é uma das poucas bisnetas de Antônio Silvino ainda viva e foi localizada em Fagundes pelo Diário da Borborema. O irmão dela e pai de Paulo Roberto, o agricultor Joaquim dos Santos, morreu recentemente. A mãe de Nádia e Joaquim dos Santos, a pernambucana Maria Marciano de Andrade, veio morar na metade do século passado em Fagundes, onde criou os filhos.
Nádia revelou o homem que se reunia em bandos armados e espalhava o medo pelo Sertão nordestino, mas que tinha, segundo ela, uma lado romântico. Ela disse que cresceu ouvindo as histórias de que o bisavô costumava roubar dos ricos para dar aos pobres. "Ele também dava pisa nos ricos né?", perguntou.
Apesar das supostas "boas intenções", ela não tem dúvidas de que seu bisavô era um bandido. Mãe de cinco filhos, a mulher ainda recorda das histórias que sua mãe contava sobre Antônio Silvino. Pessoalmente, Nádia custa acreditar que o bisavô era o monstro que se pintou na região. "Eu perguntava a minha mãe porque o meu bisavô virou um bandido?. Minha mãe dizia que foi porque mataram o pai dele, o que criou um sentimento de vingança", observou.
Quando a dona de casa nasceu, em 1955, fazia menos de 10 anos que Antônio Silvino tinha morrido. Mesmo assim, ela conhece bem a história do cangaceiro graças as inúmeras conversas que teve com a mãe. "Ela contava que ele também era bom", contou.
A mãe de Nádia e a tia Severina Morais, ambas já falecidas, se encontraram diversas vezes com Antônio Silvino, em Fagundes. Segundo revelou a dona de casa Nádia Andrade, os encontros eram feitos às escondidas, visto que próximo da rua existia uma delegacia. "Eles tinham medo e se encontravam escondidos" relatou.
Nádia nunca se interessou em conhecer pessoalmente os demais filhos e netos de Antônio Silvino. Só por fotos. Muitos deles já morreram. O desejo dela é um dia visitar o cemitério onde o cangaceiro foi enterrado em Campina Grande.
O tataraneto de Antônio Silvino, Paulo Roberto sabe pouca coisa da história do cangaceiro, mas acredita que ele foi um espécie de Robin Hood nordestino. "Ele tirava dos pobres para dá os ricos", ilustrou, destacando a importância de preservar a memória do "rifle de ouro".