Pais de alunos da rede estadual são expulsos da governadoria
A
expulsão, segundo os membros da Associação de Pais, que prestavam apoio à greve,
ocorreu por volta das 21h
Da RedaçãoAtualizado às 7h03
Os pais de alunos da rede estadual que estavam acampados em frente ao prédio da Governadoria foram retirados do Centro Administrativo da Bahia (CAB) pela Polícia Militar. A expulsão, segundo os membros da Associação de Mães e Pais de Alunos (Amap), ocorreu por volta das 21h desta quarta-feira (30). Uma grade foi colocada ao redor do prédio.
Ainda de acordo com os manifestantes, viaturas da Polícia Militar, que cercavam o prédio, retiraram o grupo que estava acampado desde as 9h de ontem. Eles ainda acusam a PM de ter destruído os materiais usados para o acampamento. "Eu só vi isso na ditadura militar", disse revoltado o entomólogo e presidente da Associação de Mães e Pais de Alunos (Amap) do colégio estadual Serravale Antônio Daltro Moura, 62 anos, um dos pais acampados.
Os pais de alunos da rede estadual que estavam acampados em frente ao prédio da Governadoria foram retirados do Centro Administrativo da Bahia (CAB) pela Polícia Militar. A expulsão, segundo os membros da Associação de Mães e Pais de Alunos (Amap), ocorreu por volta das 21h desta quarta-feira (30). Uma grade foi colocada ao redor do prédio.
Ainda de acordo com os manifestantes, viaturas da Polícia Militar, que cercavam o prédio, retiraram o grupo que estava acampado desde as 9h de ontem. Eles ainda acusam a PM de ter destruído os materiais usados para o acampamento. "Eu só vi isso na ditadura militar", disse revoltado o entomólogo e presidente da Associação de Mães e Pais de Alunos (Amap) do colégio estadual Serravale Antônio Daltro Moura, 62 anos, um dos pais acampados.
Acompanhado da esposa e de dois dos três filhos, Daltro reuniu
inicialmente um pequeno grupo de mães e de alunos para redigir uma carta,
pedindo ao governador uma reunião. Aos poucos, o grupo foi crescendo e, à tarde,
barracas de camping eram montadas no local.
A decisão de acampar em frente à governadoria surgiu após
perceber a dificuldade de negociação entre o sindicato dos professores (APLB) e
o governo.
Pais e alunos da rede estadual estavam acampados em frente à Governadoria
"Já entregamos um requerimento de informações. A primeira
proposta é que eles abram o Fundeb (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da
Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação). Queremos
analisar e ver quanto tem comprometido – já que o governo alega não ter mais
condições de aumentar o salário dos professores”, explica Moura.
Por volta das 11h30, antes da expulsão, uma representante do
gabinete do governador foi ao encontro de Antônio Moura para protocolar o
pedido. O entrave para a reunião com Wagner, porém, foi o fato de o governador
estar em viagem ao Rio de Janeiro, para um evento da Fifa.
A historiadora Nádia Andrade, 42, esposa de Antônio Moura, diz
que havia levado para o acampamento de greve material de iluminação, kits
descartáveis para escovar os dentes, organizou quentinhas para as refeições,
chás, sucos e água mineral.
Léo Barsanleo.barsan@redebahia.com.br
Em 2012, a Bahia já registrou 41.913 casos de dengue entre 1º de janeiro e 19 de maio, segundo o último boletim divulgado pela Secretaria da Saúde do Estado (Sesab). De acordo com o órgão, houve um aumento de 11,8% em relação ao mesmo período do ano passado, quando 37.465 casos foram notificados. Mas, além do crescimento, outro fator que vem preocupando os epidemiologistas da Sesab é o avanço do tipo 4 da doença, em substituição ao tipo 1.
O boletim demonstra a circulação de quatro sorotipos virais de fevereiro de 2011 a maio de 2012. No início do ano passado, o tipo 4 não apresentava incidência significativa, nunca ultrapassando a marca de 10% dos casos. Contudo, a partir de maio de 2011, a variação do vírus começou a avançar e hoje corresponde a mais de 80% dos casos.
O risco de epidemia é considerado pela Sesab. Entretanto, a coordenadora do Comitê Estadual de Controle da Dengue, Jesuína Castro, afirma que a tendência é a redução do número de ocorrências. “Já passamos do pior período, do ponto de vista da quantidade. A maior transmissão da doença ocorre entre outubro e maio, em razão da temperatura estável.
O avanço da dengue tipo 4 se deve, sobretudo, às características do sistema imunológico dos indivíduos. De acordo com Jesuína, quem já teve um tipo de dengue fica imune a esta forma, mas suscetível a outros sorotipos. “O vírus é o mesmo. No entanto, quem teve a dengue tipo 1, por exemplo, fica imune a esse tipo e pode hospedar outro. A diferença está em mudanças químicas encontradas na estrutura do vírus”, comenta. O vírus tipo 4, raro até 2011, é o que mais circula no país, sendo responsável por 59,3% das ocorrências.
Identificação
Para que o tipo da doença seja identificado, é preciso que o paciente compareça a uma unidade hospitalar em até cinco dias, após o aparecimento da enfermidade. “É preciso fazer o isolamento viral. Apenas pelos sintomas não dá para determinar o sorotipo. Se o paciente passar desse prazo, não há como fazer o isolamento”, adverte o técnico da Vigilância Epidemiológica da Sesab, João Emanuel Araújo.
Por outro lado, quem já teve algum tipo da doença, tem mais risco de contrair formas mais graves”, assinala. Sobre as formas mais graves da doença – dengue com complicações (DCC), febre hemorrágica e síndrome do choque - foram confirmados 139 casos em 48 municípios, com 18 óbitos, número cerca de 65% a mais que no mesmo período de 2011.
A coordenadora ressalta que a população deve estar em alerta para os sintomas. “Na Bahia, é Verão o ano inteiro. Se não houver atenção quanto aos sinais, o número vai aumentar”, orienta Jesuína. Entre os sintomas da doença estão febre alta com início súbito, forte dor de cabeça, dor atrás dos olhos, que piora com o movimento dos mesmos, e perda do paladar e apetite.
Dados do Ministério da Saúde apontam que, no primeiro quadrimestre do ano, foram confirmados 286.011 casos em todo o país. O número representa queda de 44% em relação a 2011, quando foram registrados 507.798 casos. Apesar disso, a Bahia é o terceiro entre sete estados – Tocantins, Pernambuco, Alagoas, Sergipe, Roraima e Mato Grosso - que registraram alta.
Governadores de Goiás e DF terão que depor em CPI
Dengue tipo 4 já responde por 80% dos casos na Bahia
Boletim da Sesab aponta aumento na incidência da doença de 11,8%Léo Barsanleo.barsan@redebahia.com.br
Em 2012, a Bahia já registrou 41.913 casos de dengue entre 1º de janeiro e 19 de maio, segundo o último boletim divulgado pela Secretaria da Saúde do Estado (Sesab). De acordo com o órgão, houve um aumento de 11,8% em relação ao mesmo período do ano passado, quando 37.465 casos foram notificados. Mas, além do crescimento, outro fator que vem preocupando os epidemiologistas da Sesab é o avanço do tipo 4 da doença, em substituição ao tipo 1.
O boletim demonstra a circulação de quatro sorotipos virais de fevereiro de 2011 a maio de 2012. No início do ano passado, o tipo 4 não apresentava incidência significativa, nunca ultrapassando a marca de 10% dos casos. Contudo, a partir de maio de 2011, a variação do vírus começou a avançar e hoje corresponde a mais de 80% dos casos.
O risco de epidemia é considerado pela Sesab. Entretanto, a coordenadora do Comitê Estadual de Controle da Dengue, Jesuína Castro, afirma que a tendência é a redução do número de ocorrências. “Já passamos do pior período, do ponto de vista da quantidade. A maior transmissão da doença ocorre entre outubro e maio, em razão da temperatura estável.
O avanço da dengue tipo 4 se deve, sobretudo, às características do sistema imunológico dos indivíduos. De acordo com Jesuína, quem já teve um tipo de dengue fica imune a esta forma, mas suscetível a outros sorotipos. “O vírus é o mesmo. No entanto, quem teve a dengue tipo 1, por exemplo, fica imune a esse tipo e pode hospedar outro. A diferença está em mudanças químicas encontradas na estrutura do vírus”, comenta. O vírus tipo 4, raro até 2011, é o que mais circula no país, sendo responsável por 59,3% das ocorrências.
Identificação
Para que o tipo da doença seja identificado, é preciso que o paciente compareça a uma unidade hospitalar em até cinco dias, após o aparecimento da enfermidade. “É preciso fazer o isolamento viral. Apenas pelos sintomas não dá para determinar o sorotipo. Se o paciente passar desse prazo, não há como fazer o isolamento”, adverte o técnico da Vigilância Epidemiológica da Sesab, João Emanuel Araújo.
Por outro lado, quem já teve algum tipo da doença, tem mais risco de contrair formas mais graves”, assinala. Sobre as formas mais graves da doença – dengue com complicações (DCC), febre hemorrágica e síndrome do choque - foram confirmados 139 casos em 48 municípios, com 18 óbitos, número cerca de 65% a mais que no mesmo período de 2011.
A coordenadora ressalta que a população deve estar em alerta para os sintomas. “Na Bahia, é Verão o ano inteiro. Se não houver atenção quanto aos sinais, o número vai aumentar”, orienta Jesuína. Entre os sintomas da doença estão febre alta com início súbito, forte dor de cabeça, dor atrás dos olhos, que piora com o movimento dos mesmos, e perda do paladar e apetite.
Dados do Ministério da Saúde apontam que, no primeiro quadrimestre do ano, foram confirmados 286.011 casos em todo o país. O número representa queda de 44% em relação a 2011, quando foram registrados 507.798 casos. Apesar disso, a Bahia é o terceiro entre sete estados – Tocantins, Pernambuco, Alagoas, Sergipe, Roraima e Mato Grosso - que registraram alta.
Governadores de Goiás e DF terão que depor em CPI
Sérgio
Cabral, do Rio de Janeiro, acabou sendo poupado
Das agênciasmais@correio24horas.com.br
Após dois adiamentos, o que levantou suspeitas de acordo entre
PSDB, PT e PMDB, a CPI do Cachoeira decidiu na tarde de ontem aprovar a
convocação dos governadores de Goiás, o tucano Marconi Perillo, e do Distrito
Federal, o petista Agnelo Queiroz.
Os integrantes da comissão, contudo, rejeitaram pedido para
convocar o governador do Rio de Janeiro, o peemedebista Sérgio Cabral. A
convocação de Perillo foi aprovada por unanimidade, com o apoio em peso da
oposição, um dia depois de o governador ter feito uma visita de surpresa à CPI
colocando-se à disposição para depor.
Já o pedido para a ida de Agnelo, que teve que demitir seu
ex-chefe de gabinete Cláudio Monteiro por suspeita de envolvimento com o esquema
do contraventor Carlinhos Cachoeira, recebeu 16 votos favoráveis e 12
contrários. Cabral, por sua vez, teve 17 votos contra sua chamada e 11 a favor.
Recurso
Pouco antes, a comissão rejeitou, por 18 votos a nove, recurso da oposição para tentar votar em conjunto a convocação dos três governadores. O PSDB tentou, sem sucesso, fazer uma votação única com o argumento de que todos são chefes de Executivo estadual.
Pouco antes, a comissão rejeitou, por 18 votos a nove, recurso da oposição para tentar votar em conjunto a convocação dos três governadores. O PSDB tentou, sem sucesso, fazer uma votação única com o argumento de que todos são chefes de Executivo estadual.
“Nós não queremos participar de farsa que ponha debaixo do
tapete os problemas dos outros governadores”, afirmou o líder do PSDB na Câmara,
Bruno Araújo (PE). “Nós temos que convocar, de maneira isonômica, os três
governadores que têm suspeitas que se avolumam”, disse o deputado Onyx Lorenzoni
(DEM-RS).
O senador Humberto Costa (PT-PE) disse que a situação dos três
governadores não é a mesma. “Nós vamos chamar o governador do Rio de Janeiro
porque ele botou um guardanapo na cabeça e ficou dançando, é isso?”, questionou
ele, referindo-se ao episódio em que Cabral aparece em fotos com o ex-dono da
Delta Construções Fernando Cavendish em um jantar na Europa. A Delta é suspeita
de ter sociedade oculta com Carlinhos Cachoeira.
Demóstenes
No depoimento de hoje, o senador Demóstenes Torres (sem partido, GO) deve permanecer calado. Num documento entregue ontem à comissão, a defesa do parlamentar pediu que a oitiva fosse desmarcada e avisou que, mantida, ele usará o direito constitucional de ficar em silêncio.
No depoimento de hoje, o senador Demóstenes Torres (sem partido, GO) deve permanecer calado. Num documento entregue ontem à comissão, a defesa do parlamentar pediu que a oitiva fosse desmarcada e avisou que, mantida, ele usará o direito constitucional de ficar em silêncio.
No requerimento, levado à tarde ao presidente da CPI, senador
Vital do Rêgo (PMDB-PB), o advogado do senador, Antônio Carlos de Almeida
Castro, o Kakay, argumenta que Demóstenes já prestou os esclarecimentos
necessários ao Conselho de Ética do Senado, em sessão que durou mais de cinco
horas, nesta terça. “Sendo assim, para que vir? Não vejo sentido. Se ele vier,
vai permanecer calado”, adiantou Kakay.
A defesa informou ter solicitado a transcrição das declarações
do senador ao Conselho de Ética, que será entregue à CPI. Nesta quarta, a
comissão parlamentar não apreciou o pedido da defesa, o que, na prática, obriga
Demóstenes a aparecer, mesmo que para não dizer nada, como ocorreu com a maioria
dos depoentes.
Na avaliação de vários integrantes da CPI, a situação trará
ainda mais desgaste para Demóstenes, alvo de processo de cassação e que nesta
quarta teve os sigilos bancário, fiscal e telefônico quebrados pelos
parlamentares.
“Tal opção, assumida pelos defensores ora signatários, não se
deve a nenhum receio ou preocupação por parte do senador em realizar o
enfrentamento das questões que serão postas, até porque tal enfrentamento já foi
exaustivamente realizado na tarde de ontem”, frisou a defesa.