domingo, 20 de maio de 2012


Mulher é presa na rodoviária ao transportar cocaína em garrafas de whisky

Em depoimento, a mulher contou para a polícia que receberia cerca de R$ 1500 pelo transporte da droga de São Paulo até Salvador

Da Redação
Uma mulher de 29 anos foi presa pela polícia na rodoviária de Salvador na manhã deste sábado (19), ao transportar seis litros de cocaína líquida em garrafas de whisky 12 anos. De acordo com a TV Bahia, a mulher, identificada como Mônica, foi presa e conduzida para a sede da Polícia Federal na capital baiana.
Em depoimento, Mônica contou para a polícia que receberia cerca de R$ 1500 pelo transporte da droga de São Paulo até Salvador, em seis garrafas de whisky importado 12 anos. A cocaína tem origem colombiana, e teria sido diluída pelos traficantes com uma substância química chamada cloridrato.
Ainda de acordo com a polícia, a quantidade apreendida corresponde a 16kgs de cocaína pura. A PF investiga o caso, e tenta descobrir qual era a destinação final da droga.
A mulher está presa e deve ser transferida ainda neste sábado (19) para o presídio feminino do Complexo da Mata Escura. Já a cocaína apreendida será encaminhada para o laboratório da Polícia Federal.


Viatura da PM capota e deixa três policiais feridos no bairro de Brotas

O acidente aconteceu na Ladeira do Caiçara, quanto o motorista da viatura tentou desviar de um carro que dirigia na contramão
Da Redação
Três policiais militares ficaram feridos em um capotamento na manhã deste sábado (19), no bairro de Brotas, segundo informações da assessoria de comunicação da Polícia Militar. O acidente aconteceu por volta das 11h30 na Ladeira do Caiçara, quando o motorista de uma viatura da 26ª Companhia Independente da Polícia Militar (CIPM/Brotas) tentou desviar de um carro na contramão.
O condutor perdeu o controle da direção da viatura e capotou. Três PMs ficaram feridos durante o acidente, e foram socorridos para o Hospital da Bahia. Ainda segundo a assessoria de comunicação, dois policiais sofreram apenas ferimentos leves e já tiveram alta médica.
Já o PM lotado na 26ª CIPM que dirigia a viatura permanece internado na unidade médica, em observação. O estado de saúde dele não foi divulgado pela polícia, assim como a identificação das vítimas.


Juiz de Direito revela que fuma maconha

Em artigo publicado no The New York Times intitulado ‘O apelo de um juiz pelo baseado’ (tradução livre de ‘A judge’s plea for pot’), Reichbach escreveu: “Eu não previa que depois de ter me dedicado às leis durante 40 anos da minha vida, inclusive mais de duas décadas para o estado de Nova York, minha batalha pela cura e cuidados paliativos me conduzissem à maconha”.
Victor Longovictor.longo@redebahia.com.br
Quando o juiz americano do estado de Nova York Gustin Reichbach, de 65 anos, descobriu que tinha um câncer no pâncreas em estágio terminal, há três anos e meio, não foi a primeira vez que a dor e o sofrimento bateram à sua porta. Anos antes, ele já havia tido contato com a guerra, quando trabalhou em uma missão das Nações Unidas no Kosovo, disputado território da península balcânica, na Europa.
Porém, só com a notícia do câncer Reichbach sentiu a dor e o sofrimento tão próximos: “Disseram que eu morreria em, no máximo, seis meses”, recorda.
Ainda vivo, o magistrado faz parte do raro leque de pessoas que conseguem sobreviver tanto tempo com a doença e causou surpresa ao afirmar, na quarta-feira, em um dos jornais mais importantes do mundo, que a maconha tem uma importante participação na sua superação.
Em artigo publicado no The New York Times intitulado ‘O apelo de um juiz pelo baseado’ (tradução livre de ‘A judge’s plea for pot’), Reichbach escreveu: “Eu não previa que depois de ter me dedicado às leis durante 40 anos da minha vida, inclusive mais de duas décadas para o estado de Nova York, minha batalha pela cura e cuidados paliativos me conduzissem à maconha”.
Dores
O magistrado americano aproveitou a voz para fazer um apelo ao governador e aos deputados do estado de Nova York para que aprovem uma lei, em trâmite na Assembleia Legislativa, legitimando o uso medicinal da maconha. Segundo Reichbach conta, amigos dele têm se arriscado para comprar a droga ilegalmente, depois de terem assistido à sua agonia e sofrimento.
O juiz assegura que a maconha tem funcionado como um medicamento complementar que ajuda a minimizar os efeitos dos remédios para reduzir a dor, que levam à diminuição do apetite. Além disso, a substância o estaria ajudando a reduzir as náuseas e a melhorar a qualidade do sono, afetada pelas dores constantes e medicamentos.
“Fumar a maconha diretamente é o único remédio que faz a náusea dar uma trégua, estimula o apetite e me faz cair no sono mais facilmente. O sintético oral substituto, Marinol, receitado pelos meus médicos, foi inútil”, escreveu Reichbach no artigo.
Alívio
Segundo o psiquiatra Luiz Fernando Pedroso, do Espaço Holos Psiquiatria Integrada, o uso medicinal da maconha em pacientes com câncer terminal já é testado e praticado em vários lugares do mundo. “A medicina não deve ter preconceitos de cunho moral, deve pensar sobretudo no bem-estar do paciente. Tudo aquilo que alivia a dor e o sofrimento é válido. Já vi relatos positivos de pacientes terminais sobre o uso da maconha”, afirmou.
Enquanto no Brasil a maconha é ilegal e seu uso medicinal não é permitido, nos Estados Unidos 16 estados já permitem o uso clínico da substância, entre eles Nova Jérsei, que fica ao lado de Nova York, e Connecticut.
De acordo com Pedroso, pesquisas já comprovaram que é baixa a incidência de dependência química entre usuários da maconha. “Gira em torno de 3%, enquanto esse número é de aproximadamente 10% em usuários de álcool”, revela. Ele acredita que o uso da droga deve ser debatido no âmbito da saúde mental e sair do âmbito policialesco. “O uso da droga, a princípio, não faz nem bem, nem mal. O que causa problemas é a dose. A dose é a diferença entre remédio e veneno”, disse.
Ele reconheceu, porém, que em doses muito altas, o uso da maconha produz alterações físicas no cérebro, perdas cognitivas e de memória, redução da capacidade de raciocínio e empobrecimento do mundo afetivo e psicológico do paciente.
Comovido com a história do juiz, o membro do coletivo Marcha da Maconha Marco Magri afirmou que cada vez mais pessoas com idade acima de 45 e 50 anos estão vendo a maconha produzir efeitos melhores que os seus remédios e tratamentos de câncer