Presença da Força Nacional não intimida movimento grevista da PM, diz representante
O desembarque das Força Nacional de Segurança anunciado pelo governo baiano não intimida os grevistas, segundo o vice-presidente da Associação Nacional dos Praças (Anaspra), cabo Jeoas Santos, integrante da Polícia Militar do Rio Grande do Norte, que acompanha, desde a terça-feira (31), a mobilização da PM baiana.
Para o cabo Santos, até o momento as ações do governo baiano têm servido mais para "atear o fogo" do que para apagá-lo. "O pedido de ajuda da Força Nacional é legítimo e mais uma tentativa de o governo escamutear a gravidade da situação, repassando à população a falsa ideia de segurança, mas os seus integrantes não conhecem a realidae da Bahia e isso dificulta a sua ação", avalia o cabo Santos.
No seu entendimento, o governo deveria sentar com os representantes do movimento para entar chegar a um entendimento, já que as reivindicações da categoria são legítimas e o povo tem demonstrado apoio. "A polícia baiana tem uma das piores condições de trabalho. Para você ter uma ideia de como estão expostos, somente no primeiro mês deste ano, seis policiais já foram mortos", assinala o vice-presidente da Associação Nacional de Praças.
A notícia de que o comando da PM baiana teria dado ordens para que a Polícia de Choque entre em ação para reprimir o movimento é condenada pelo representante da Aspra. "Até o momento, as atitudes do governo só serviram para acirrar mais os ânimos e fazer crescer a adesão ao movimento", diz o cabo Jeoas Santos, para quem isso demonstra a falta de tato do governo para tratar a questão. "Em todos os estados em que houve greve, os governos buscaram o diálogo para contornar a situação. Aqui, ele parte para a repressão, assumindo uma atitude irresponsável e desrespeitosa", finaliza o vice-presidente da Aspra.
Duas entidades haviam comunicado que iriam paralisar o trabalho alegando falta de segurança para os guardas
Da Redação
Um comunicado do Ministério Público do Trabalho (MPT) foi enviado nesta sexta-feira (3) aos sindicatos representativos dos trabalhadores da Guarda Municipal de Ilhéus recomendando que as atividades da instituição não sejam suspensas.
Segundo o órgão, as duas entidades haviam comunicado ao MPT, por ofício, que iriam paralisar o trabalho alegando falta de segurança para os guardas em função da greve parcial de policiais militares.
A procuradora do trabalho Cláudia Soares, da unidade do MPT de Itabuna, chegou a convocar, por telefone, uma audiência com o Sindicato dos Funcionários Públicos Municipais de Ilhéus (Sinsepi) e com o Sindiguardas Bahia, que assinaram o ofício conjuntamente, para as 14h desta sexta-feira (3), mas nenhum representante das entidades compareceu.
Homens da Força de Segurança Nacional chegam a Salvador
Cerca de 150 policiais da Força Nacional de Segurança chegaram a Salvador na madrugada desta sexta-feira (03). Os policiais foram chamados pelo governador Jaques Wagner para apoiar a segurança após a greve da Polícia Militar da Bahia.
O secretário de Segurança Pública do estado, Maurício Barbosa, informou que mais outros 500 policiais da Força Nacional chegarão à capital no prazo máximo de 48 horas. Ele ainda declarou que dois terços do efetivo da PM estão trabalhando em todo o estado.
Justiça
A paralisação está sendo considerada irregular pela Justiça. O juiz Ruy Eduardo Brito, da 6ª Vara da Fazenda Pública, expediu uma liminar foi expedida, na quinta-feira (3), determinando que os policiais militares vinculados à Associação de Policiais e Bombeiros do Estado da Bahia (Aspra) retomem as atividades. Há uma multa de R$80 mil prevista para os policiais que retornarem ao trabalho.
Segundo o presidente da Aspra, Marco Prisco, ele não foi informado sobre a liminar e que vai tomar providências legais para que multa não seja aplicada.
Itabuna: PMs grevistas fazem carreata com viaturas
Na noite da última quinta-feira (02), na cidade de Itabuna, a 426 km de Salvador, os policiais grevistas realizaram uma carreata pelas as principais ruas da cidade para anunciar sobre a greve no município, de acordo com informações divulgadas pelo Políticos do Sul da Bahia.
Segundo a publicação, O que chama atenção é que foram utilizadas viaturas da Polícia Militar. Na foto, a carreata passava na Avenida Presidente Kennedy, no São Caetano. Isso é uma falta de respeito com a população, usando um patrimônio público para fazer manifestação da categoria.
O site informa ainda que a última tarde foi de tensão na cidade, e mesmo com greve da Polícia Militar, algumas pessoas foram presas. Na imagem, a publicação afirma que o homem ainda não identificado foi preso, por ser suspeito de realizar arrastão na localidade na na avenida J S Pinheiro.
Marco Prisco: “O governo autorizou atirar para matar”
Masco Prisco, coordenador da Associação dos Policiais e Bombeiros do Estado da Bahia (Aspra-BA), que está liderando a greve da Polícia Militar da Bahia, teve a prisão decretada, mas não foi preso. O Bocão News conseguiu contato com Prisco, que fez graves afirmações com relação ao governo do Estado. Ele considera um absurdo “justamente o governo do PT pedir a prisão de um dirigente sindical”. Mas ressaltou que seus advogados entraram com o pedido de habeas-corpus no Tribuna de Justiça da Bahia. Questionado se teria uma outra forma de resolver o problema, já que os grevistas e o governo se mostram irredutível, ele foi enfático: “O meio é sentar e negociar. Se o governo não quer negociar, a intransigência então é do governo”. Prisco afirmou que houve a tentativa de capturá-lo nesta quinta-feira (2) à noite, na Assembleia Legislativa da Bahia: “Houve sim a tentativa de invadir para me capturar. Também tivemos a informação de que o governo autorizou atirar para matar para cumprir meu mandato de prisão”. Mas, salientou: “Só não invadiram a Assembleia porque nosso efetivo era bem maior. Mas poderia ter acontecido uma tragédia”.
Presença da Força Nacional não intimida movimento, diz representante
O desembarque das Força Nacional de Segurança anunciado pelo governo baiano não intimida os grevistas, segundo o vice-presidente da Associação Nacional dos Praças (Anaspra), cabo Jeoas Santos, integrante da Polícia Militar do Rio Grande do Norte, que acompanha, desde a terça-feira (31), a mobilização da PM baiana.
Para o cabo Santos, até o momento as ações do governo baiano têm servido mais para "atear o fogo" do que para apagá-lo. "O pedido de ajuda da Força Nacional é legítimo e mais uma tentativa de o governo escamutear a gravidade da situação, repassando à população a falsa ideia de segurança, mas os seus integrantes não conhecem a realidae da Bahia e isso dificulta a sua ação", avalia o cabo Santos.
No seu entendimento, o governo deveria sentar com os representantes do movimento para entar chegar a um entendimento, já que as reivindicações da categoria são legítimas e o povo tem demonstrado apoio. "A polícia baiana tem uma das piores condições de trabalho. Para você ter uma ideia de como estão expostos, somente no primeiro mês deste ano, seis policiais já foram mortos", assinala o vice-presidente da Associação Nacional de Praças.
A notícia de que o comando da PM baiana teria dado ordens para que a Polícia de Choque entre em ação para reprimir o movimento é condenada pelo representante da Aspra. "Até o momento, as atitudes do governo só serviram para acirrar mais os ânimos e fazer crescer a adesão ao movimento", diz o cabo Jeoas Santos, para quem isso demonstra a falta de tato do governo para tratar a questão. "Em todos os estados em que houve greve, os governos buscaram o diálogo para contornar a situação. Aqui, ele parte para a repressão, assumindo uma atitude irresponsável e desrespeitosa", finaliza o vice-presidente da Aspra.