sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

GOVERNADOR DA BAHIA QUER DESMORALIZAR ASPRA
Após ordem da Justiça, sede de associação grevista da PM é fechada

Com a decisão, estão proibidas assembleias e reuniões entre integrantes da Aspra, segundo a Secretaria da Segurança Pública (SSP)
Foto: Polícia Civil
Sede da Aspra foi fechada
Da Redação
A sede da Associação dos Policiais, Bombeiros e dos seus Familiares da Bahia (Aspra), na rua da Forca, Dois de Julho, foi fechada nesta sexta-feira (3). O lacramento do local foi determinado pela juíza Janete Fadul de Oliveira, do Plantão Judiciário, que acatou pedido do Ministério Público.
Com a decisão, estão proibidas assembleias e reuniões entre integrantes da Aspra, segundo a Secretaria da Segurança Pública (SSP). Ao chegar para entregar a ordem, um oficial de Justiça encontrou a associação vazia. A Polícia Civil ajudou na ação.
Segundo o oficial da Justiça Marcus Alexandre Moreira Araújo, a solicitação do Ministério Público é para "garantir a ordem no estado". A Aspra, que representa cerca de 2 mil policiais militares, está em greve há quatro dias.
"Medidas enérgicas"
Na tarde desta quinta-feira (3), Jaques Wagner se manifestou sobre a greve parcial da Polícia Militar da Bahia, depois de chegar de viagem a Cuba e ao Haiti com a presidente Dilma Rousseff. “Não admitirei que a segurança da população baiana seja colocada em risco por um pequeno grupo de pessoas, ainda mais porque estas desconsideraram a decisão judicial que considerou a greve ilegal”, disse Wagner, se referindo à Associação de Policiais e Bombeiros do Estado da Bahia (Aspra), que decretou a greve.
Ele disse que "na defesa dos interesses maiores da população baiana, continuarei usando medidas enérgicas, caso isso se faça necessário", salientando que acredita que o diálogo é a melhor saida.
Força Nacional e Exército
O governador solicitou à presidente Dilma Rousseff o envio de forças da Segurança Nacional e do Exército para a Bahia. Ainda na noite de ontem, 150 policiais chegaram à capital e mais 500 chegam nas próximas 48 horas.
A decisão foi tomada após reunião da cúpula da segurança pública na manhã de ontem na Governadoria. A greve foi considerada ilegal pela Justiça, que determinou multa diária de R$ 80 mil para caso de descumprimento.