segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

Policial Militar é ferido por bala de borracha no rosto durante cerco à Assembleia Legislativa da Bahia

O policial estava no prédio da Assembleia e se aproximou, armado, do cerco feito pelo Exército
Homem foi contido por Exército
Da Redação
Um policial militar foi atingido no rosto por uma bala de borracha disparado pelo Exército durante o cerco ao prédio da Assembleia Legislativa onde os policiais grevistas estão acampados há sete dias. O policial estava no prédio da Assembleia e se aproximou, armado, do cerco feito pelo Exército quando os soldados tentavam conter um grupo de manifestantes.
Após ser atingido no rosto, o policial retornou para o interior da Assembleia. De acordo com Capitão Tadeu (PSB-BA), o soldado saíria para ser atendido por médicos caso o Exército permitisse que ele retornasse após o atendimento. O comando das Forças Armadas informou que, caso o soldado - que não foi identificado - saísse do Centro Administrativo, não poderia retornar.
Cerca de 600 homens do Exército e 40 agentes do Comando de Operações Táticas (COT) estão no local para cumprir 11 mandados de prisão contra os policiais grevistas.
Tiros contra manifestantes
Às 7h45, tiros de borracha foram disparados contra um grupo de manifestantes que avançou sobre o local onde soldados do Exército estavam posicionados. Duas pessoas ficaram feridas, uma na barriga e outra no pé. Os feridos, segundo o Exército, eram familiares dos PMs grevistas que foram impedidos de retornar ao prédio da Assembleia com alimento, água e medicamentos para os manifestantes.
  Homens do Exército que cercam a Assembleia entram em confronto com manifestantes
Dois homens armados, que estavam no interior do prédio, tentaram sair em direção ao cordão de isolamento do Exército. Um novo tiro de borracha foi disparado em direção ao chão e os homens retornaram para rampa da Assembleia.  
Às 8h30, os manifestantes se posicionam no jardim em frente ao prédio da Assembleia e cantam em protesto contra o Exército. O Exército voltou a disparar balas de borracha contra os manifestantes e spray de pimenta foi dispersado. Um homem chegou a ser detido por oficiais do Exército, mas foi liberado em seguida. Os manifestantes comemoraram a soltura.

Policiais militares em greve pedem anistia em contraproposta ao governo

Governo não negocia pois acredita que os policiais estão cometendo excessos
Da Redação
Líderes do movimento de paralisação dos policiais militares elaboraram uma contraproposta para o Governo. Nela, os manifestantes abriram mão de quatro dos sete pontos de reivindicação que movimenta a greve.
A exigência agora é pelo pagamento da Gratificação por Atividade de Polícia (GAP) IV e V, que seriam recebidos em parcelas. O grupo também pede anistia administrativa e revogação das prisões dos 12 líderes do movimento.
O Governo não negocia pois acredita que os policiais estão cometendo excessos. Neste momento, O comandante-geral da Polícia Militar da Bahia, coronel Alfredo Castro, concede entrevista coletiva à imprensa, no quartel dos Aflitos para falar sobre a situação do movimento grevista.
Pm baleado
Um policial militar foi baleado. Ele estava no prédio da Assembleia e se aproximou, armado, do cerco feito pelo Exército quando os soldados tentavam conter um grupo de manifestantes.
 Após ser atingido no rosto, o policial retornou para o interior da Assembleia. De acordo com Capitão Tadeu (PSB-BA), o soldado saíria para ser atendido por médicos caso o Exército permitisse que ele retornasse após o atendimento. O comando das Forças Armadas informou que, caso o soldado - que não foi identificado - saísse do Centro Administrativo, não poderia retornar.
Às 7h45, tiros de borracha foram disparados contra um grupo de manifestantes que avançou sobre o local onde soldados do Exército estavam posicionados. Duas pessoas ficaram feridas, uma na barriga e outra no pé. Os feridos, segundo o Exército, eram familiares dos PMs grevistas que foram impedidos de retornar ao prédio da Assembleia com alimento, água e medicamentos para os manifestantes.
Dois homens armados, que estavam no interior do prédio, tentaram sair em direção ao cordão de isolamento do Exército. Um novo tiro de borracha foi disparado em direção ao chão e os homens retornaram para rampa da Assembleia.
Às 8h30, os manifestantes se posicionam no jardim em frente ao prédio da Assembleia e cantam em protesto contra o Exército. O Exército voltou a disparar balas de borracha contra os manifestantes e spray de pimenta foi dispersado. Um homem chegou a ser detido por oficiais do Exército, mas foi liberado em seguida. Os manifestantes comemoraram a soltura.
Grevistas recusam proposta
Os grevistas recusaram a proposta de reajuste oferecida pelo governo de 6,5% reatroativo ao mês de janeiro. Além do aumento salarial proposto pelo Governo, a categoria reivindica o pagamento da Gratificação por Atividade de Polícia (GAP) IV e V, além da regulamentação do pagamento de auxílio acidente, insalubidade e periculosidade.
Policiais grevistas se posicionam em frente ao prédio da Assembleia Legislativa
Ocupação da Assembleia
Em pedido feito ao general Gonçalves Dias, comandante da 6ª Região Militar, o presidente da Assembleia Legislativa da Bahia, deputado Marcelo Nilo, estabeleceu a meia-noite deste domingo (5) como prazo para que os policiais militares e associados à Aspra, acampados na Assembleia, desocupem o prédio.
O deputado esteve no Quartel do Exército, localizado na Mouraria, e pediu aos militares que a Assembleia seja desocupada para que os trabalhos legislativos sejam retomados nesta segunda (6). 'A Assembleia não pode ser usada como abrigo para foragidos da Justiça', disse o deputado.
Após o comunicado, o general Dias convocou uma reunião com os outros comandantes que participam da operação de segurança de Salvador para avaliar o pedido.
Tanques do Exército são enviados para o Centro Administrativo
Dirigente da Aspra preso
Na madrugada de domingo (5), um soldado da Polícia Militar foi preso em cumprimento a um dos 12 mandados de prisão expedidos contra PMs envolvidos na greve da Polícia na Bahia. Alvin dos Santos Silva, policial militar lotado na Companhia de Policiamento de Proteção Ambiental (COPPA), é acusado de formação de quadrilha, incitação à violência e roubo de viaturas da PM. O policial vai responder a um processo administrativo na própria corporação.

Governador garante que não haverá invasão
Em coletiva neste sábado (4), o governador Jaques Wagner assegurou que a Assembleia Legislativa não será invadida. “Não tem nenhuma hipótese de invasão da Assembleia. Se alguém invadir a assembleia, seguramente serão eles”, assegurou.
De acordo com Wagner, "isso é mais uma tentativa do grupo de achar adesões e de fazer pânico".“As pessoas estão falando de banho de sangue, banho de sangue só ser for de lá para cá, aliás algum banho de sangue já foi promovido na cidade por eles. Daqui eu não tenho o menor interesse em banho de sangue, agora a ordem tem que ser restabelecida”, afirmou Wagner em coletiva.
Segurança reforçada
Quatro veículos militares conhecidos como Urutu e desenvolvidos com blindagem dupla para transporte de tropas, chegaram neste domingo (5) em Salvador para reforçar a segurança da cidade. Os automóveis vieram de Recife e já podem ser vistos nas ruas da capital.
Fabricados no Brasil, a camada externa do blindado é feita de aço duro e tem proteção contra projéteis de armas leves, estilhaços de minas e fragmentos de artilharia. O Urutu é equipado com um sistema automático de supressão de fogo, e é armado com uma única metralhadora de 12,7 mm, montada sobre o teto. O veículo pode transportar de 12 a 14 soldados totalmente equipados.
Até o início da noite deste domingo (5), 2.578 soldados das Forças Armadas e da Força Nacional já estavam patrulhando as cidades de Salvador, Feira de Santana, Barreiras e Paulo Afonso, na Bahia, segundo informou o tenente-coronel Cunha, porta-voz da VI Região Militar.
Força Nacional patrulha o centro de Itabuna
 Viaturas da Força Nacional de Segurança acabam de entrar em Itabuna. As viaturas percorrem o centro da cidade. Na noite do domingo (05), a equipe do Radar Notícias acompanhou as viaturas dos soldados e contatou que eles saíram da cidade em direção a Ilhéus. Os soldados retornaram por volta das 11h40 desta segunda-feira (6).
Também no domingo, a equipe de reportagem do Radar questionou um soldado, que não se identificou, se a Força permaneceria em Itabuna ou voltaria para Ilhéus. A resposta foi de os soldados fariam a segurança da região pelo tempo que for necessário e que não estava autorizado a passar mais informações.