terça-feira, 19 de junho de 2012

Carro bate em poste e motorista fica ferido em Itacaranha

O motorista que não teve a identidade divulgada foi socorrido para um hospital pelo Samu. Um reforço da Coelba foi solicitado para fazer a remoção do carro com segurança
Da Redação
Um homem ficou ferido na manhã desta terça-feira (19) em um acidente na avenida Suburbana, em Salvador. Segundo informações da Superintendência de Trânsito e Transportes (Transalvador), o motorista perdeu o controle da direção e acabou batendo em um poste.
O motorista que não teve a identidade divulgada foi socorrido para um hospital pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). Ainda de acordo com a Transalvador, o poste ficou inclinado em cima do veículo. Um reforço da Coelba foi solicitado para fazer a remoção do carro com segurança.
Até o momento a Transalvador registrou um acidente com uma pessoa ferida.



Morre segunda vítima de explosão na avenida Paralela

Na noite de domingo (17) Gildésio Santos Paixão, que também ficou ferido no acidente, morreu por conta dos ferimentos
Da Redação
Morreu na manhã desta terça-feira (19) a segunda vítima da explosão e incêndio de um tanque em um edifício localizado na avenida Paralela, no dia 15. Edilúcio de Oliveira Rios, 38 anos, não resistiu aos ferimentos e morreu por volta das 6h30, no Hospital Geral do Estado (HGE). Na noite de domingo (17) Gildésio Santos Paixão, que também ficou ferido no acidente, morreu por conta dos ferimentos.
O acidente aconteceu na tarde da última sexta-feira (15) em um prédio ao lado da Faculdade Área 1, durante um serviço de impermeabilização de um tanque de água.
Segundo o Posto de Polícia do Hospital Geral do Estado (HGE), dois rapazes estavam realizando este serviço quando uma das lâmpadas que iluminavam o local explodiu, causando um incêndio no tanque de água, que estava drenado. Os dois trabalhadores foram atingidos pelas chamas e resgatados por testemunhas, que tiveram de usar um extintor de incêndio para controlar o fogo.
Eles foram socorridos por uma unidade do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) para o HGE e permanecem internados no centro cirúrgico.
As vítimas tiveram a maior parte dos corpos queimados. Ainda conforme o posto de polícia do HGE, os dois homens estavam a serviço da empresa Duarte Recursos Humanos (DRH), e usavam máscaras e roupa de proteção no momento da explosão.
Testemunhas que entraram em contato com a redação do CORREIO informaram que os trabalhadores usavam apenas máscaras e que não estavam com roupa de proteção. Eles estariam vestidos com camiseta e bermuda.


Funcionários do Mercado Modelo reclamam de salários atrasados e ameaçam entrar em greve na quinta

Turistas que foram ao Mercado Modelo, no Comércio, encontraram as portas fechadas
De cara na porta. Assim se sentiu a advogada Gabrielle Arcoverde, que veio do Recife com a família para Salvador e quis visitar o Mercado Modelo ontem pela manhã. O que ela não esperava é que um dos cartões-postais da cidade, que não fecha nem mesmo aos domingos, adiasse sua abertura de 9h para 11h sem avisar a ninguém. “A gente chegou no mercado e para nossa surpresa estava tudo fechado. A gente queria comprar lembranças. Deu aquela frustração”, relata. Para não perder a “viagem”, o jeito foi esperar as portas abrirem. “Vamos embora hoje (ontem) à noite e resolvi esperar para não voltar com a sensação de que não conhecemos Salvador plenamente”, diz.
O mercado fechou porque permissionários e a prefeitura precisaram se reunir na sede da Empresa de Turismo de Salvador (Saltur) para encontrar uma solução para a dívida do ponto turístico com a Embasa e com questões trabalhistas, que já passa de R$ 1 milhão. “Dos 263 permissionários, cerca de 80 estão inadimplentes. Há três anos temos receita mensal de R$ 20 mil e gastamos R$ 40 mil. Não temos como investir e acabamos prejudicando os funcionários. Mas na conversa com a Saltur ficou definido que o valor da tarifa paga pelos comerciantes será maior e, com isso, vamos conseguir equilibrar as finanças. Precisamos pensar na Copa que vem aí”, afirma o presidente da Associação dos Comerciantes do Mercado Modelo, Nelson Tupiniquim.
O auxiliar administrativo do Mercado, Gilmar Silva, 41 anos, diz que a administração está “escravizando” os funcionários. “Há anos eles recolhem o nosso FGTS e INSS e não repassam. Muitos de nós não temos férias há cinco anos, o vale-refeição tem um valor defasado de R$ 5 e os salários vivem atrasados. Hoje (ontem) é dia 18 e ainda não recebemos”, protesta. A auxiliar de serviços gerais Maria Raimunda dos Santos, 58, relata que está com aluguel da casa atrasado e precisa pedir dinheiro emprestado para chegar ao trabalho. “Não tenho dinheiro nem pra pegar um ônibus. Vivo da ajuda de amigos”.
Para fazer o trabalho administrativo, de limpeza, manutenção e vigilância do local, a Associação dos Comerciantes do Mercado Modelo conta com cinco funcionários da prefeitura e outros 25 que contratou. Todos pararam ontem e ameaçam entrar em greve a partir de quinta. “Após a reunião com a Saltur, Tupiniquim veio aqui e prometeu depositar nosso salário. Vamos esperar e se ele não cumprir vamos parar”, avisa Gilmar.
Enquanto os funcionários cruzaram os braços, só restou aos turistas que esperaram duas horas para conhecer o cartão-postal a decepção. “Em revista de turismo é tudo lindo, mas aqui é diferente. Acho absurdo todas as lixeiras estarem cheias e tanto lixo no chão. Achei que fosse um lugar mais bem cuidado”, reclama a turista de São Paulo, Luciana Martins, 32. Vi até barata passando por aqui”, ressalta a visitante do Maranhão, Maria Carolina Menezes.
Quem trabalha para os permissionários também está insatisfeito. “Eles não assinam carteira de ninguém e quando assinam não pagam o valor que colocam lá. Aqui trabalhamos como escravos e só temos direito à comissão em cima do lucro e não do preço do produto. Se uma canga vale R$ 10 e se vende por R$ 15, ganho em cima dos R$ 5”, conta uma vendedora, sem se identificar.
Do outro lado, os comerciantes dizem que faturam pouco e por isso não podem arcar com despesas trabalhistas. “Não há como ter vínculo empregatício. Não tenho como pagar. Nem o aluguel de R$ 300 estou pagando”, revela o permissionários Manoel Silva.
Com isso, falta água, produtos de limpeza e manutenção são. “Sem contar nos ratos, baratas e pernilongos que são visitantes assíduos”, critica o comerciante de bebidas, Dario Alves. O presidente do órgão municipal, Jonga Cunha, não foi encontrado para falar sobre o assunto.