quinta-feira, 10 de janeiro de 2013


UNIMED SE RECUSA A ATENDER ASSOCIADA



Foto: Reprodução
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A enfermeira Diana Matos Viana Soares, 30, é portadora de câncer ósseo e necessita de um cirurgia de urgência. Mas, segundo a paciente, a Unimed unidade de Itabuna, não liberou o procedimento, se recusando a acatar uma decisão judicial, na qual foi determinado que a cirurgia fosse realizada no prazo máximo de 24h.
Após a primeira cirurgia, realizada há quatro anos, Diana voltou a sentir fortes dores no fêmur esquerdo. Após exames, dois novos tumores foram diagnosticados. Por isso, a enfermeira precisa passar pela operação e corre o risco de sofrer uma metástase pulmonar, onde a doença se espalha e chega até o pulmão. 
No dia 21 de novembro de 2012, a enfermeira encaminhou a solcitação de cirurgia ao Hospital Sagrada Família, conveniado com a Unimed, em Salvador. O Hospital entrou em contato com a Unimed de Itabuna para que fosse feita a cotação dos materiais necessários e em seguida fosse dada a liberação. 
Já em Itabuna, Diana entrou em contato com a unidade local, que informou que seria preciso aguradar 21 dias para que o caso fosse analisado. A paciente entrou com um mandado de segurança contra a Unimed de Itabuna.
No dia 19 de dezembro de 2012, o juiz George Alves de Assis expediu uma liminar determinando que o plano de Saúde autorizasse a intervenção cirúrgica em até 24 horas, com o fornecimento de todos os materiais e medicamentos necessários. A cirurgia aconteceria em Salvador com o médico Eduardo Clemente, sob pena de multa diária de R$ 500 até o limite de R$ 15 mil.
Segundo Diana, a Unimed de Itabuna não cumpriu a determinação da liminar e ela entrou com novo processo no juizado civil pedindo que a empresa acate o pedido judicial. Diana está aguardando a decisão.

Reunida nesta quarta-feira, 09, os membros da Comissão de Implantação da Universidade Federal do Sul da Bahia, sob a presidência do ex-reitor da UFBA, Naomar de Almeida Filho, ficou decidido que a nova instituição funcionará a partir de 2014. O objetivo da Comissão é agilizar os procedimentos para que os alunos que concluem o Ensino Médio na região cacaueira não continuem prejudicados no seguimento de seus estudos. Convidados a participarem da reunião, estiveram presentes o deputado federal Josias Gomes, do PT da Bahia, e o prefeito João Bosco, de Teixeira de Freitas, uma das três sedes da UFSBA.
Segundo o prefeito Bosco, “a partir de agora ele e os demais prefeitos dos municípios que compõem a região onde vai ser instalada a nova instituição pública de ensino superior federal têm a missão de trabalhar para criar as condições físicas para a instalação dos colégios universitários e dos campi da UFSBA, com enorme e inestimável significado para a juventude da região cacaueira”. Na opinião de Josias Gomes, “participar da reunião foi extremamente importante, uma vez que tivemos a oportunidade de verificar a coincidência de pensamento entre o que defendemos e o que defendem os responsáveis pela implantação da UFSBA”.
Formatada na modernidade, a Universidade Federal do Sul da Bahia-UFSBA vai priorizar a inclusão regional, através de modelo especial de seleção para ingresso na instituição. Segundo o professor Naomar de Almeida Filho, presidente da Comissão de Implantação da UFSBA, a instituição funcionará de forma descentralizada, através de três sedes (Itabuna, Porto Seguro e Teixeira de Freitas) e cerca de 30 colégios universitários, que funcionarão utilizando a rede estadual de ensino público, incluindo na Academia milhares de jovens de toda a região.
Em cada um desses colégios universitários haverá em torno de 100 alunos, que já pertencerão à Universidade. Para o ingresso, valerá o resultado do Enem disputado entre os concorrentes locais. Esta rede de colégios universitários comporia um primeiro ciclo de ensino, de um total de três ciclos. A passagem de um ciclo para o outro vai depender do desempenho de cada aluno. Contudo, desde a conclusão do primeiro ciclo, o estudante já tem direito a um diploma, no caso, de Bacharel Interuniversitário.
Conforme explica Naomar, a comissão responsável pelo projeto de implantação da UFSBA estudou vários modelos de universidade, não apenas no Brasil como no Exterior. “O problema com expansões universitárias no Interior, ou com a criação mesma de universidades interioranas, é que os cursos mais concorridos terminam sendo frequentados maciçamente por alunos de fora, como acontece eloquentemente com o curso de Medicina da UESC, em Itabuna, um dos melhores do Norte e do Nordeste, mas, sem nenhum aluno da região cacaueira”, exemplifica Naomar.
Ele lembra que o regime de ciclos já existe em 16 universidades, entre elas, a Universidade Federal da Bahia-UFBA, da qual já foi reitor. No caso da Federal do Sul da Bahia, o primeiro ciclo será descentralizado, funcionando em dezenas de municípios fora das três sedes. “Nos colégios universitários serão utilizadas tecnologias de ensino metapresenciais, num ciclo que dura entre um e dois anos, com avaliações feitas aos sábados por equipes docentes que se deslocam das sedes para esse trabalho”, explicou o dirigente universitário.