UNIMED SE RECUSA A ATENDER ASSOCIADA
A
enfermeira Diana Matos Viana Soares, 30, é portadora de câncer ósseo e necessita
de um cirurgia de urgência. Mas, segundo a paciente, a Unimed unidade de
Itabuna, não liberou o procedimento, se recusando a acatar uma decisão judicial,
na qual foi determinado que a cirurgia fosse realizada no prazo máximo de
24h.
Após a primeira cirurgia, realizada há quatro anos, Diana voltou a
sentir fortes dores no fêmur esquerdo. Após exames, dois novos tumores foram
diagnosticados. Por isso, a enfermeira precisa passar pela operação e corre o
risco de sofrer uma metástase pulmonar, onde a doença se espalha e chega até o
pulmão.
No dia 21 de novembro de 2012, a enfermeira encaminhou a solcitação
de cirurgia ao Hospital Sagrada Família, conveniado com a Unimed, em Salvador. O
Hospital entrou em contato com a Unimed de Itabuna para que fosse feita a
cotação dos materiais necessários e em seguida fosse dada a liberação.
Já em
Itabuna, Diana entrou em contato com a unidade local, que informou que seria
preciso aguradar 21 dias para que o caso fosse analisado. A paciente entrou com
um mandado de segurança contra a Unimed de Itabuna.
No dia 19 de dezembro de
2012, o juiz George Alves de Assis expediu uma liminar determinando que o plano
de Saúde autorizasse a intervenção cirúrgica em até 24 horas, com o fornecimento
de todos os materiais e medicamentos necessários. A cirurgia aconteceria em
Salvador com o médico Eduardo Clemente, sob pena de multa diária de R$ 500 até o
limite de R$ 15 mil.
Segundo Diana, a Unimed de Itabuna não cumpriu a
determinação da liminar e ela entrou com novo processo no juizado civil pedindo
que a empresa acate o pedido judicial. Diana está aguardando a decisão.
Reunida nesta quarta-feira,
09, os membros da Comissão de Implantação da Universidade Federal do Sul da
Bahia, sob a presidência do ex-reitor da UFBA, Naomar de Almeida Filho, ficou
decidido que a nova instituição funcionará a partir de 2014. O objetivo da
Comissão é agilizar os procedimentos para que os alunos que concluem o Ensino
Médio na região cacaueira não continuem prejudicados no seguimento de seus
estudos. Convidados a participarem da reunião, estiveram presentes o deputado
federal Josias Gomes, do PT da Bahia, e o prefeito João Bosco, de Teixeira de
Freitas, uma das três sedes da UFSBA.
Segundo o prefeito Bosco, “a partir de
agora ele e os demais prefeitos dos municípios que compõem a região onde vai ser
instalada a nova instituição pública de ensino superior federal têm a missão de
trabalhar para criar as condições físicas para a instalação dos colégios
universitários e dos campi da UFSBA, com enorme e inestimável significado para a
juventude da região cacaueira”. Na opinião de Josias Gomes, “participar da
reunião foi extremamente importante, uma vez que tivemos a oportunidade de
verificar a coincidência de pensamento entre o que defendemos e o que defendem
os responsáveis pela implantação da UFSBA”.
Formatada na modernidade, a
Universidade Federal do Sul da Bahia-UFSBA vai priorizar a inclusão regional,
através de modelo especial de seleção para ingresso na instituição. Segundo o
professor Naomar de Almeida Filho, presidente da Comissão de Implantação da
UFSBA, a instituição funcionará de forma descentralizada, através de três sedes
(Itabuna, Porto Seguro e Teixeira de Freitas) e cerca de 30 colégios
universitários, que funcionarão utilizando a rede estadual de ensino público,
incluindo na Academia milhares de jovens de toda a região.
Em cada um desses
colégios universitários haverá em torno de 100 alunos, que já pertencerão à
Universidade. Para o ingresso, valerá o resultado do Enem disputado entre os
concorrentes locais. Esta rede de colégios universitários comporia um primeiro
ciclo de ensino, de um total de três ciclos. A passagem de um ciclo para o outro
vai depender do desempenho de cada aluno. Contudo, desde a conclusão do primeiro
ciclo, o estudante já tem direito a um diploma, no caso, de Bacharel
Interuniversitário.
Conforme explica Naomar, a comissão responsável pelo
projeto de implantação da UFSBA estudou vários modelos de universidade, não
apenas no Brasil como no Exterior. “O problema com expansões universitárias no
Interior, ou com a criação mesma de universidades interioranas, é que os cursos
mais concorridos terminam sendo frequentados maciçamente por alunos de fora,
como acontece eloquentemente com o curso de Medicina da UESC, em Itabuna, um dos
melhores do Norte e do Nordeste, mas, sem nenhum aluno da região cacaueira”,
exemplifica Naomar.
Ele lembra que o regime de ciclos já existe em 16
universidades, entre elas, a Universidade Federal da Bahia-UFBA, da qual já foi
reitor. No caso da Federal do Sul da Bahia, o primeiro ciclo será
descentralizado, funcionando em dezenas de municípios fora das três sedes. “Nos
colégios universitários serão utilizadas tecnologias de ensino metapresenciais,
num ciclo que dura entre um e dois anos, com avaliações feitas aos sábados por
equipes docentes que se deslocam das sedes para esse trabalho”, explicou o
dirigente universitário.