O corpo de Júlia, que estava desaparecida havia quatro dias, foi encontrado em uma fossa na casa de Maria de Fátima
Da Redação

Segundo informações de agentes da delegacia de Lapão, Maria Fátima dos Santos, 48 anos, dona da propriedade onde o corpo foi localizado, assumiu, em um segundo depoimento à polícia, que atraiu a criança para sua casa e depois a dopou com um brigadeiro contendo tranquilizante.
Maria de Fátima ainda não explicou à polícia o motivo do crime e vai ser indiciada por homicídio qualificado e ocultação de cadáver. Segundo informações do blog regional Irecê Repórter, a acusada foi transferida para um presídio na capital baiana nesta terça-feira (6).
Segundo Getúlio Silva, pai da menina, o corpo da menina foi encontrado em avançado estado de decomposição, foi encaminhado para o Departamento Médico Legal e depois encaminhado para o cemitério. "Estavamos procurando ela por toda parte e ela estava aqui, do nosso lado. Tivemos que enterrar às pressas", lamenta o pai. Júlia foi enterrada ontem por volta das 21h30.
Crime
O corpo da menina foi encontrado com sinais de enforcamento e estava com um saco na cabeça dentro de uma fossa no povoado de Rodagem, segundo o delegado Ciro Palmeira. A dona da propriedade onde o corpo foi localizado, Maria de Fátima dos Santos foi presa pelo crime.
De acordo com o delegado, inicialmente, Maria de Fátima negou ter matado a criança, mas foi a última pessoa a vê-la viva. Segundo o site Irecê Repórter, depois de dopar Júlia, Maria de Fátima aproveitou para asfixiá-la com um saco plástico e em seguida jogou a garota em uma fossa no fundo de sua casa.
Segundo a polícia, a mulher agiu com premeditação para atrair a menina até sua casa - a criança era amiga da filha da acusada, também uma menina de 8 anos. "Foi algo premeditado, ela tinha marcado para fazer um brigadeiro para a menina". Quando Júlia chegou ao local, a dona da casa mandou a filha ir levar documentos para um familiar e quando a criança voltou disse que Júlia já tinha retornado para casa.
As duas famílias moravam próximas e as crianças eram amigas e colegas de sala na escola. "Até agora a gente ainda não sabe o que motivou esse crime. Ela era uma criança muito meiga, muito querida, frequentava todas as casas...", diz o delegado Palmeira. A família da menina não tinha nenhum desentendimento com a suspeita, que morava no local há 4 anos.
O vereador da cidade baiana chegou a divulgar fotos da filha nas redes sociais para ajudar nas buscas pela criança, desaparecida desde a sexta-feira (2). O corpo da menina deve ser enterrado nesta terça (6).
Moradores da região, revoltados com o crime, incendiaram a casa onde Maria de Fátima morava.