domingo, 4 de dezembro de 2011

Homem condenado por falso estupro é absolvido depois de 16 anos

Sem ter feito absolutamente nada, ele foi acusado de estuprar uma vizinha de apenas 12 anos em 1994
Alexandre Lyrio e Victor Uchôa
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O técnico em telefonia Jonas da Silva Cruz, de 53 anos, morreu pela primeira vez em setembro de 1994. Sem ter feito absolutamente nada, ele foi acusado de estuprar Lucineide Santos Souza, uma vizinha de apenas 12 anos.
Em 2008, Soró, como é conhecido, foi tirar um atestado de antecedentes criminais e acabou preso. Era sua segunda morte. “Nunca me senti tão abalado. Fiquei à deriva”, diz. Sem que soubesse, ele havia sido condenado em 1995 pelo tal estupro, mas, por um motivo que permanece inexplicado, durante 13 anos nunca foi procurado pela Justiça.
Morador de Nova Sussuarana, ele perdeu emprego, perdeu a casa e muitas amizades. Perdeu tudo que havia conquistado, mas nunca desistiu de provar sua inocência.
Até que, no início deste ano, aquela adolescente que o acusou, hoje mulher feita, resolveu falar a verdade: não houve estupro e nem mesmo assédio. Ao juiz da Vara de Execuções Penais, Lucineide revelou que toda a história fora criada por sua mãe. E que Jonas sequer a tocou.