sábado, 10 de dezembro de 2011

Compositor de música sobre internação de Ivete quer seguir carreira jornalística

Empolgado com a repercussão de "brigadeiro", Kuello garante que nenhuma das suas músicas são planejadas
Camila Almeida
camila.almeida@redebahia.com.br
Os imprevistos que acometem as celebridades baianas andam inspirando não só o nosso noticiário. Com 15 anos de carreira, o compositor Roberto Kuelho já conta com duas de suas músicas inteiramente dedicadas aos 'sinistros' da vida artística: o roubo da guitarra de Bell Marques e o desejo de Ivete Sangalo, enquanto estava internada com meningite. Os acontecimentos viraram hits na criatividade do baiano, que se divide entre a música e a graduação em jornalismo.
"Quero Brigadeiro" foi seu último lançamento. Fã da irreverência de Ivete Sangalo, Roberto se viu inspirado pelo desejo da cantora de comer o doce enquanto estava hospitalizada. "Esse jeito alegre dela acabou me inspirando. Uma pessoa linda, que consegue levar tudo com muita leveza", derrete-se. Em entrevista ao iBahia, Roberto ainda comentou outra composição. "A música que fiz pro roubo da guitarra deu o que falar. O próprio Bell comentou pelo Twitter", contou. Apesar da repercussão, Kuelho se frustrou quanto à reação do vocalista do Chiclete com Banana."Senti meio que uma resistência dele. Muita gente pediu pra que ele gravasse e nada", lamenta.
Empolgado com a repercussão de "brigadeiro", Kuello garante que nenhuma das suas músicas são planejadas. "Acontece, é natural do compositor querer musicar tudo que se passa", diz. "Às vezes fico até me segurando para não musicar tudo, é meio que instinto".
Carreira
Quem acha que o repertório do baiano, de Feira de Santana, se restringe à linha "aconteceu, rimei" se engana. Kuelho tem uma carreira consolidada e assina composições de músicas como "Na Manteiga" e "Movimento do Quadril", sucesso com os grupos É o Tchan e Psirico, respectivamente. "Escrevo pro É o Tchan, Terra Samba, Psirico. O ' Macarigode", atual aposta do Tchan, é de minha composição", diz.
Gravar músicas, lançar CD's, subir ao palco: nada disso está nos planos de Roberto, agora com 34 anos. O compositor quer, na verdade, seguir mesmo a carreira de jornalista. "Não tenho pretensões artísticas neste sentido. A composição vai sempre existir na minha vida, mas no momento quero concluir a faculdade e exercer a profissão", declara.