Caso Joel: Cinco testemunhas confirmam abuso de policiais no Nordeste
Como três dos oito intimados faltaram, uma nova audiência foi marcada para 21 de março de 2012
Foto: Reprodução
Joel foi morto durante ação da polícia
Da Redação
Na noite do dia 21 de novembro de 2010, policiais militares entraram no Nordeste de Amaralina atirando para todos os lados até atingirem Joel Conceição Castro, 10, e se recusaram a lhe prestar socorro.
Essa foi a versão apresentada ontem por cinco testemunhas à juíza Vera Medauar, durante a segunda audiência de instrução realizada no Fórum Ruy Barbosa sobre o caso do capoeirista morto.
Como três dos oito intimados faltaram, uma nova audiência foi marcada para 21 de março de 2012.
Primeira audiência
A primeira audiência do julgamento do caso foi realizada no dia 13 de outubro. Na ocasião, o juiz Ernane Garcia Rosa ouviu os depoimentos de Jeanderson Castro, 21, irmão que socorreu Joel após a criança ser baleada; e de Míriam da Conceição e Joel Castro, pais do menino.
A denúncia feita pelo MP foi integralmente aceita pelo juiz - os nove PMs foram denunciados por crime doloso triplamente qualificado (cometido por motivo torpe, oferecendo perigo comum e impossibilitando a defesa da vítima). Eles podem ser condenados a 40 anos de prisão.
Foram denunciados o tenente PM Alexinaldo Santana Souza, que comandou a ação, Eraldo Menezes de Souza, autor do disparo que vitimou a criança, e os policiais Leonardo Passos Cerqueira, Robson dos Santos Neves, Paulo José Oliveira Andrade, Nilton César dos Reis Santana, Luís Carlos Ribeiro Santana, Juarez Batista de Carvalho e Maurício dos Santos Santana.