Presidiários de Itabuna ligam para rádio e falam ao vivo de dentro de cela e dizem que a cidade só está calma porque eles querem
Dois internos do Conjunto Penal de Itabuna ligaram para a rádio Difusora na tarde desta quarta-feira e participaram ao vivo do programa O crime não compensa, apresentado pelo radialista Oziel Aragão.
Os detentos, que não se identificaram, afirmaram que estavam dentro de uma das celas do presídio. No depoimento ao vivo, eles reclamaram da junção dos raios A e B dentro do mesmo pavilhão e falaram da tensão que enfrentam entre os próprios internos desde a junção das alas das facções. Um dos entrevistados, que disse estar em uma cela abaixo da que está o homem que matou sua mãe, chegou a declarar: "a cidade só está calma porque a gente quer". Ele ainda disse que se for atacado por rivais, irá matar para não morrer.
O interno ainda afirmou que o presidiário Roberto Santos da Silva, mais conhecido como Papi, morto a facadas em uma rebelião no último dia 26 de maio teria sido assassinado porque furtou 3 barras de ferro na detenção. Durante o motim, que aconteceu em um dos pavilhões, cinco detentos ficaram feridos. São eles: Fábio Pereira da Silva, Jabes Ribeiro Santos, Rosinaldo Ferreira Cardoso, Juramilson Silva dos Santos.
Cinco internos foram acusados de serem os autores das tentativas de homicídio e do assassinato na rebelião. Os suspeitos são Pedro Ferreira da Silva, mais conhecido como Pêu, Marcos Eduardo de Jesus Gomes, Leandro Nascimento de Brito, Edvaldo Pereira da Silva Junior e Paulo Vieira Barbosa.
Armas
Após o príncipio de rebelião, a polícia militar realizou dentro do presídio uma busca e encontrou armas dentro da unidade. Foram apresentados na delegacia 106 armas brancas, entre chuços, facões e facas. Além disso, foram apreendidas 15 munições e dois revólveres calibre 38.
Esta semana circulou na rede social Facebook uma foto, que seria de detentos do presídio aguardando no pátio durante a revista após a rebelião. T